Estatuetas de Vênus é um termo amplo para um número de itens pré-históricos, principalmente em forma de estátuas de mulheres obesas ou grávidas, esculpidas no período Paleolítico Superior e achadas na Europa.
Estão entre os objetos de cerâmica mais antigos já conhecidos. São consideradas por muitos estudiosos ícones da fertilidade e representações do arquétipo da Grande Mãe.
Dois achados arqueológicos mais antigos também são categorizados como estatuetas de Vênus - a Vênus de Berekhat Ram, que data entre 800.000 e 233.000 AEC; e a Vênus de Tan-Tan, que data entre 500.000 e 300.000 AEC.
Achadas na Ásia e África respectivamente, elas foram feitas de pedra em vez de cerâmica.
Ambas estatuetas são muito ásperas, e podem ter tomado a forma humana por processos geológicos naturais. No entanto, o Vênus de Berekhet Ram tem estriamentos sugerindo ferramentas e trabalho humano em pedra, e a Vênus de Tan-Tan possui evidências de ter sido pintada: uma substância gordurosa encontrada na superfície da pedra contendo ferro e manganês indica que ela foi decorada por alguém e usada como uma estatueta, independentemente de como tenha sido formada.
A Vênus de Willendorf é talvez a estatueta Pleistocena mais famosa. Esta pequena estatueta é representada com seios e traseiro exagerados. Esta figura foi feita na Idade da Pedra há quase 20.000 anos e forma nossas impressões da primeira Deusa Mãe Primordial. O acento sexual nos seios femininos e nádegas é considerado por muitos um sinal de fertilidade. Estas estatuetas sem forma são predominantes na esculturas Pleistocenas.
Há mais de cinqüenta figuras femininas e só aproximadamente cinco figuras masculinas são conhecidas. Nem todas as estatuetas femininas são protuberantes e gordas, mas a maioria se assemelha a Vênus de Willendorf. É comum que a barriga e seios sejam desproporcionais.
A cabeça e braços são demonstrados relativamente sem importância em relação ao meio do tronco. As coxas tendem a ser exageradas com pernas menores. As Deusas Primordiais do Pleistoceno só podem representar símbolos de fertilidade. O mundo Pleistoceno representa a mudança do Homo Neanderthalensis para Homo Sapiens. É um mundo que desperta com a arte das caverna e expansão geográfica.
CRONOLOGIA
35000-8000 AEC IDADE DA PEDRA ANTIGA:
Adoração à Deusa
8000-5000 AEC NOVA IDADE DA PEDRA:
Cultos da fertilidade relacionados a Deusas e Deuses.
Adoração dos Ancestrais.
Magia destinada a propiciar a caça
5000-2000 AEC IDADE DO COBRE:
Primeiros escritos registrados.
Surgem cultos que celebram os Consortes da Grande Deusa Mãe.
São erigidos Círculos de pedras e outros monumentos megalíticos
2000-1000 AEC IDADE DO BRONZE:
Construção de Stonehenge.
Adoração ao Sol na Europa setentrional.
Oferendas votivas aos rios, lagos e pântanos de turfa
1000-500 AEC IDADE DO FERRO:
Ascensão da cultura celta e primeiras civilizações nórdicas com a adoração de heróis divinizados e Deuses e deusas da fertilidade
500 AEC- 100 EC IDADE DO FERRO TARDIA:
Uso do alfabeto rúnico
Sacrifícios humanos e animais
Ênfase do culto ao Sagrado Masculino
100-500 EC- IDADE ROMANA:
Ocupação da Europa ocidental por Roma.
Surge o Cristianismo
500-100 EC ALTA IDADE MÉDIA:
Paganismo e Cristianismo em conflito
1000-1500 EC BAIXA IDADE MÉDIA:
Supressão do Paganismo